Economia do Golo
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Quanto Valeu Um Ponto na Premier League?

Os pontos no Chelsea custaram uma verdadeira fortuna.

Com efeito, o facto dos Blues terem terminado no 12º lugar, fora de um lugar que desse acesso às competições europeias, a 45 pontos do Manchester City, que conquistou o seu terceiro campeonato consecutivo, é demonstrativo do malogro que foi o exercício de 2022/23 para o emblema londrino.

Um facto que torna o resultado final do clube de Todd Boehly ainda mais retumbante são as despesas em que incorreu, não só no mercado de Janeiro, mas também em termos de custos com o plantel, amortizações orçamentadas referentes a 21/22 e as comissões a agentes para o mercado de Janeiro de 2023.

Refira-se que estes números não incluem os valores gastos no mercado de Inverno deste ano, aguardando-se os números oficiais que serão publicados nos orçamentos de 22/23, sendo a análise, que infra apresentaremos, efectuada pelo Twenty First Group, a pedido do conceituado jornal inglês The Times. O estudo analisou todos estes valores para as 20 equipas da Premier League 22/23, incluindo também o tópico “expectativa de pontos”, que considerou os custos médios incorridos por todos os clubes. Por exemplo, uma equipa que gastou cerca do dobro da média deveria ter ganho cerca de 66 pontos. Uma equipa que gastou menos 20% do que a média deveria ganhar 42 pontos.

Como é fácil de imaginar, o pior resultado foi registado pelo Chelsea, que aparece na lista como o clube com custos totais que só perdem para os 546 milhões de libras do Manchester United, mas que apenas obteve 44 pontos (uma despesa deste tipo teria permitido obter 77 pontos no campeonato, de acordo com a análise). O saldo negativo entre os pontos previstos e os pontos efectivamente conquistados é de 33, o pior resultado, de longe, de todo o campeonato.

Depois dos Blues, surge o Leicester, relegado para o Championship juntamente com o Leeds na última jornada, com um saldo de -17 entre os 51 previstos e os 34 efectivamente conquistados, tendo os Foxes gasto um total de 264 milhões de libras.

Por outro lado, analisando as equipas com maior saldo positivo, as que podem ser definidas como acima da média, encontramos o Arsenal com um superavit de 24 pontos (despesas de 354 milhões com 84 pontos conquistados contra os 60 previstos), o Brentford com 23 a mais, dado os 59 pontos conquistados no campeonato contra os 36 previstos, tendo ainda os custos mais baixos entre os clubes da Premier. Empatado com os “Bees” está o Newcastle, que terminou em quarto lugar e regressou à Liga dos Campeões após 20 anos. O clube do fundo saudita PIF teve despesas de 231 milhões e conquistou 71 pontos contra os 53 previstos.

Apresentamos a tabela desses cálculos, ainda, que em italiano:

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Com base nas despesas totais realizadas pelos clube, pode-se calcular quanto custou um ponto a cada clube da Premier League. Assim:

  1.  Chelsea: 12,4 milhões de libras por cada ponto conquistado;
  2.  Leicester: 7,8 milhões;
  3.  Liverpool: 7,5 milhões;
  4.  Manchester United: 7,4 milhões;
  5.  Everton: 6,8 milhões;
  6.  Leeds: 6,3 milhões;
  7.  Southampton: 6,2 milhões;
  8.  Manchester City: 6,1 milhões;
  9.  Tottenham: 5,1 milhões;
  10. West Ham: 4,9 milhões;
  11. Wolverhampton: 4,6 milhões;
  12. Arsenal: 4,2 milhões;
  13. Aston Villa: 3,9 milhões;
  14. Crystal Palace: 3,7 milhões;
  15. Bournemouth: 3,5 milhões;
  16. Fulham: 3,3 milhões;
  17. Newcastle: 3,3 milhões;
  18. Nottingham Forest: 2,9 milhões;
  19. Brighton: 2,7 milhões;
  20. Brentford: 1,6 milhões.