O Manchester United, para além de andar com dificuldades dentro do campo, longe dos tempos idos de glória, também vive um período financeiro de maior debilidade.
Assim, o clube terminou o exercício financeiro que foi até 30 de Junho de 2022 com um prejuízo de 115,5 milhões de libras (cerca de 133 milhões de euros), depois de também ter terminado o de 2021 com uma perda de 92,2 milhões de libras (cerca de 105 milhões de euros). As receitas líquidas de ganhos de capital do clube inglês ascenderam a 583,2 milhões de libras (cerca de 670 milhões de euros) enquanto os custos subiram acima dos 692,5 milhões de libras (795 milhões de euros).
Globalmente, a equipa de Old Trafford, na derradeira temporada, registou receitas de 670 milhões de euros, em comparação com cerca de 565 milhões de euros em 2020/21. A rubrica mais valiosa foi a da receita comercial, que ascendeu a 295 milhões de euros (265 milhões de euros no orçamento anterior), enquanto a receita dos direitos televisivos cifrou-se em 245 milhões de euros.
Receitas item por item:
Receitas do dia de jogo: 125 milhões de euros (8 milhões de euros em 2020/21);
Patrocínio, publicidade e receitas comerciais: 295 milhões de euros (265 milhões de euros em 2020/21);
Receitas dos direitos televisivos: 245 milhões (290 milhões em 2020/21);
TOTAL: 670 milhões (565 milhões em 2020/21)
Além disso, os Red Devils obtiveram cerca de 25 milhões de euros em ganhos de capital, em comparação com os 8,5 milhões de euros em 2020/21.
Quanto a orçamento para a presente época, este subiu dos 615 do pretérito ano para 795 no presente. Em detalhe, a maioria dos custos está relacionada com custos de pessoal: em 2021/22 o clube inglês registou custos de pessoal num total de 440 milhões de euros. Entre outros custos, a depreciação e amortização ascendeu a mais de 170 milhões de euros.
As perdas operacionais foi assim de 100 milhões, mais 60 milhões que no ano passado. O resultado antes de impostos foi uma perda de 170 milhões, comparado com os 27 milhões do ano passado, enquanto o resultado líquido foi uma perda de cerca de 133 milhões, comparado com os 105 milhões em 2020/21.
Os capitais próprios em 30 de Junho de 2022 eram positivos em 145 milhões de euros, contra 310 milhões de euros em 30 de Junho de 2021. As dívidas em 30 de Junho de 2022 totalizavam 1,3 mil milhões de euros, enquanto que a dívida líquida era negativa de – 480 milhões de euros em 30 de Junho de 2021, apesar do aumento da liquidez em caixa para 140 milhões de euros.
Falhanço para além do relvado?