Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Por Davide…

Foi há cinco anos…

O Artemio Franchi, casa da Fiorentina, engalanava-se.

Os Viola, na altura comandados pelo português Paulo Sousa, nos dezasseis avos de final da Liga Europa, recebia os alemães do Borussia Monchengladbach.

Capitaneada pelo malogrado Davide Astori, que haveria de falecer subitamente uns meses depois, a equipa de Florença tinha vencido na Alemanha na primeira mão da eliminatória, graças a um golo de livre de Federico Bernadeschi. Na segunda mão, à meia hora, um golo do croata Nicola Kalinic e outro do espaanhol Borja Valero pareciam tornar a noite memorável… uma noite de artistas, pontuada pela beleza, não fosse a cidade uma das mais belas do mundo.

Porém, tudo de repente mudaria! A um minuto do intervalo, Lars Stindl reduziria distâncias da marca da grande penalidade, para na segunda metade, em escassos quinze minutos, o alemães apontarem três golos em quinze minutos, eliminando o conjunto orientado por Paulo Sousa.

Não mais, até hoje, a equipa voltaria à Europa…

Paulo Sousa encetaria um caminho nómada que o levou a várias paragens, a última delas no Flamengo, no Rio de Janeiro…

Astori, o capitão, é uma estrela que ilumina os céus dos adeptos do clube, numa dimensão superior e diferente…

Borja Valero joga num clube amador de Florença, por diversão…

Kalinic e Bernadeschi vivem o ocaso das respectivas carreiras, um na sua Croácia natal e outro no longínquo Canadá.

Porém, hoje, a equipa regressará às competições europeias. Fá-lo-á nos playoff da Liga das Conferências frente aos neerlandeses do FC Twente. Alguém duvida que será pela memória do eterno e inesquecível capitão?