Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Perdas Record…

Além de ter dificuldades em afirmar-se nas competições europeias, vencendo a Liga dos Campeões, o que é já uma obsessão para o clube, o Paris Saint-Germain continua a gastar milhões… ainda que sem essa desejada correspondência.

Assim, o emblema parisiense encerrou o seu balanço a 30 de Junho de 2022 com um prejuízo de 368,7 milhões, um valor record, após ter apresentado perdas de 224,3 milhões no exercício financeiro até 30 de Junho de 2021. Segundo dados tornados públicos pela DNCG (a direcção de controlo de gestão da liga profissional francesa), o clube gaulês apresenta perdas profundas no derradeiro exercício financeiro que deu a conhecer.

Globalmente, o clube da Cidade Luz contou com perdas no total de 717 milhões de euros nas últimas três épocas, apesar de receitas recorde na época 2021/22, que atingiram 670 milhões de euros. Os custos, no entanto, excederam pela primeira vez a marca dos mil milhões de euros durante o último exercício financeiro, com o peso da chegada de Lionel Messi a França à cabeça.

Em detalhe, o PSG registou receitas de 669,6 milhões de euros (líquidas de transacções de jogadores), acima dos 569,7 milhões de euros em 2020: o maior item diz respeito às receitas comerciais e de patrocínios, que ascenderam a 377,1 milhões de euros, com receitas de direitos televisivos no valor de 139,2 milhões de euros, enquanto as receitas dos estádios, com a reabertura após o Covid, atingiram 57,2 milhões de euros.

Assim:

Receitas dos jogos: 57,2 milhões de euros;
Receitas comerciais/patrocinadores: 377,1 milhões de euros;
Receitas de direitos televisivos: 139,2 milhões de euros;
Outras receitas: 96,0 milhões de euros;
TOTAL: 669,6 milhões; Receitas de direitos de televisão: 139,2 milhões; Outras receitas: 96,0 milhões; T

Ao longo de 2021/22, os custos da equipa onde actua Leo Messi subiram ainda mais, passando de 797,6 milhões em 2020/21 para mais de 1,071 mil milhões de euros durante o último exercício financeiro. Em particular, os custos relacionados com o pessoal aumentaram 45%, passando de 503 milhões de euros para 729 milhões de euros: entre outros itens, a depreciação e amortização ascendeu a 155 milhões de euros (+25%) enquanto que os custos com agentes aumentaram para 39,4 milhões de euros (+38%).

Por item:

Custos de pessoal: 729 milhões de euros;
Depreciação e amortização: 155,3 milhões de euros;
Custos com agentes: 39,4 milhões de euros;
Outros custos: 155,3 milhões de euros;
TOTAL: 1,071 mil milhões de euros.

Como resultado, o resultado antes de impostos foi de 375 milhões de euros negativos, enquanto que o resultado líquido foi de 368,7 milhões de euros negativos, um valor record para o clube parisiense. O capital próprio em 30 de Junho de 2022 era de 151,9 milhões de euros, enquanto ao nível da dívida o PSG tinha dívidas no total de 799 milhões de euros e uma posição financeira líquida positiva de cerca de 70 milhões de euros à luz de 160 milhões de euros em numerário contra dívidas financeiras de cerca de 90 milhões de euros.