O Paris Saint-Germain prepara-se para tornar público que irá encerrar o seu orçamento de 2022 com um prejuízo de 370 milhões de euros.
De acordo com uma notícia do jornal L’Équipe, o valor será explicado pelo facto de o clube parisiense já ter incluído nos seus documentos financeiros uma parte do novo contrato assinado com Kylian Mbappé na sua totalidade. Um défice que será oficializado nas próximas semanas à DNCG, a Comissão para o controlo económico-financeiro dos clubes em França.
O jornal francês explica que o PSG teria incluído cerca de um terço do que terá de pagar ao Mbappé (segundo Le Parisien, cerca de 630 milhões de euros brutos no total) já no orçamento que findou a 30 de Junho de 2022. A UEFA, segundo um especialista financeiro citado pela L’Equipe, autorizou o clube a fazê-lo, sabendo que a época actual marca o início de um novo ciclo de três anos em que o novo fair play financeiro entrará em vigor.
Contudo, não será, apenas o valor de Mbappé a influir nas contas do clube, já que o PSG registou a nível de contratos o valor de 600 milhões de euros, chegando assim, na totalidade, cerca de mil millhões de euros em despesas. Em termos de volume de negócios, o clube parisiense registou receitas record de 700 milhões de euros, e no actual exercício financeiro espera-se que aumentem novamente, ultrapassando a marca dos 800 milhões de euros.
O PSG está entre os clubes que chegaram a um acordo com a UEFA para cumprirea as directrizes do fair-play financeiro. Os parisienses terão, pois, de pagar uma multa de 10 milhões de euros, com uma penalização adicional de 55 milhões de euros ligada ao cumprimento de vários objectivos económicos estabelecidos pela UEFA para as próximas épocas. Em particular, o PSG terá de ajustar as suas contas durante as próximas três épocas até ao Verão de 2025, o que na prática significará um défice máximo de 60 milhões de euros por ano.
Além disso, o peso da massa salarial terá de ser progressivamente reduzido e não exceder 70 por cento das receitas de 2025 a 2026. O clube francês também se comprometeu a informar semestralmente a UEFA sobre a evolução da sua situação, de modo a cumprir “objectivos financeiros intermédios”.