Foi há 36 anos…
Num quente Verão mexicano, que fez ainda aquecer mais a temperatura em Portugal por causa de Saltillo, a esperança é que dentro de campo tudo mudasse.
As Quinas até começariam bem a vencer a Inglaterra com um golo de Carlos Manuel. O pior viria depois, com a lesão de Bento, a derrota (injusta!) perante a Polónia, até que se chegou à decisão com Marrocos.
Refira-se que antes dessa partida chegaria uma curiosa proposta ao hotel português: um empate entre ambas as selecções, que apurariam ambas, atento o facto de, na altura, existirem repescagens. Do alto da soberba lusitana, alguém responderia “nem pensar, vamos é golear os gajos.”
Porém, nada sucederia assim. Os golos de Khairi (dois) e Krimau aniquilariam as esperanças portuguesas e que nem o tento de Diamantino resgatou. Portugal ficava pelo caminho e os marroquinos seguiam para os oitavos de final onde iriam encontrar a, então, República Federal Alemã. Aí, só aos 87 minutos seriam derrotados com um golo de Lothar Matthaus, ficando por aí uma bela aventura.
Apesar de ter voltado às aventuras mundialistas em 1994, 1998 e 2018, jamais o feito conseguido no Mundial que consagrou Maradona seria repetido.
Até à presente edição! Num grupo composto pelo vice-campeão do mundo, pelo terceiro classificado do último mundial e pelo Canadá, os marroquinos seriam candidatos a serem parceiros privilegiados da força das selecções europeias. Contudo, no futebol a lógica será sempre ilógica! Depois de empatar com a Croácia e vencer a Bélgica, hoje confirmou o seu bom momento e garantiu o triunfo no grupo após bater o Canadá por duas bolas a uma!
A geração de 86 encontrou sucessora no talento de Hakimi, Mazraoui, Ziyech ou Nesiri que sonha fazer mais do que uma equipa se tornou uma lenda nacional ainda não eram nascidos… o futebol agradece e espera, quem sabe, um ajuste de contas com a Alemanha nos oitavos de final da presente edição da prova?