Cristiano Ronaldo terá aberto as hostilidades, a ponto de várias estrelas internacionais olharem para a Liga saudita com outros olhos.
Assim, de Messi a Benzema ou Modric, a Arábia Saudita continua a tentar atrair alguns dos futebolistas mais famosos do mundo para se juntarem à estrela portuguesa na sua liga nacional. Apostando, mais do que no aspecto desportivo, na sedução do dinheiro, com ofertas surpreendentes! Para isso ocorrer, têma retaguarda bem protegida, tendo em conta o peso do PIF, o fundo soberano saudita, na operação e que detém o Newcastle da Premier League.
Por isso, os clubes sauditas não deixaram de fazer ofertas altíssimas. Com efeito, segundo o jornal New York Times, as estimativas aludem a mil milhões de dólares em salários previstos para cerca de 20 jogadores estrangeiros. Por outro lado, os efeitos da chegada de Cristiano Ronaldo (que, por si só, teria um salário de 200 milhões de dólares por ano) fizeram-se sentir, com as atenções nunca a terem estado tão centradas no campeonato do país árabe.
A ideia da liga saudita passará, também, por coordenar centralmente as operações mais caras, de forma a distribuir melhor o talento pelas equipas: algo semelhante ao que acontece na Major League norte-americana, uma vez que as negociações de mercado passam primeiro pela liga e não pelos clubes. O objectivo será ter três estrangeiros de topo em cada uma das quatro maiores equipas e distribuir mais oito jogadores pelas restantes 12 equipas do campeonato.
Um plano de crescimento da liga nacional que surge após o excelente desempenho da Arábia Saudita no último Campeonato do Mundo no Qatar, mas que visa sobretudo aumentar a influência saudita no desporto, com o objectivo de acolher o Campeonato do Mundo de 2030. Planos que parecem assemelhar-se aos anteriormente preconizados na China, ainda que comportando iguais riscos da vontade política, subitamente, alterar a filosofia prevista. Até porque muito do dinheiro que está pronto para ser investido virá directamente dos cofres do PIF, o fundo soberano saudita liderado pelo poderoso príncipe herdeiro do reino, Mohammed bin Salman, e, como já referimos, proprietário do Newcastle na Premier League. De facto, o PIF patrocina não só quatro dos clubes mais populares entre os sauditas, mas também a própria liga através de uma das empresas da sua carteira, a promotora imobiliária Roshn.
Para acompanhar, o segredo saudita…