Mason Greenwood era a esperança de um futuro dourado no Manchester United.
O jovem avançado, lançado às feras com 18 anos, parecia estar destinado a uma carreira plena de brilhantismo, cujo maior indício foi a sua estreia na Selecção dos Três Leões, ainda, em idade precoce. Aliás, por isso em duas temporadas e meia realizaria 125 jogos pelo emblema de Old Trafford, tendo apontado 35 golos.
Porém, em Janeiro passado, a sua estrela empalideceria. Harriet Robson, sua namorada, nas redes sociais acusá-lo-ia de a forçar a ter relações sexuais, apresentando provas físicas das agressões de que fora vítima para tal suceder, bem como registos áudio do jogador aos gritos a afirmar que a jovem não tinha qualquer liberdade de escolher o que pretendia fazer.
Apesar de tais registos terem sido quase imediatamente apagados, serviriam para ser aberto um inquérito judicial e para o Manchester United declarar que “estamos conscientes das imagens e alegações que circulam nas redes sociais. Não comentaremos mais até que os factos sejam estabelecidos. O Manchester United não tolera qualquer forma de violência”, para posteriormente dar a conhecer que Greenwood não retomaria os treino ou os jogos até novas ordens. O cenário, ainda, haveria de ficar pior para o jogador, já que, quase logo de seguida, foi detido pela polícia inglesa, ficando imediatamente sob custódia policial, para posteriormente ser libertado sob fiança, em liberdade condicional.
A partir desse momento, a jovem remeteu-se ao silêncio, e apenas o seu pai concordou em fornecer ao jornal Daily Mail alguns detalhes: “A relação deles deteriorou-se nos últimos meses. Ela não queria que isto fosse publicado, disse-nos que o seu telefone tinha sido pirateado. Ela está completamente devastada por isto”.
A agravar a situação, os adeptos do clube assumiram que jamais pretenderiam que voltasse a vestir as cores do emblema mancuniano, sendo que as redes sociais encheram-se de mensagens a exigir que o jovem atleta abandonasse a equipa.
Porém, não será assim!
O Manchester United acaba de revelar uma lista de jogadores com menos de 21 anos que poderão ser convocados para os desafios da Premier League, sendo que Greenwood está incluido nessa lista. Para tal ter ocorrido, terá contribuído o facto da polícia local ter prorrogado por tempo indeterminado, em Julho passado, a liberdade condicional do jogador, “até que o suspeito seja acusado ou veja o seu inquérito arquivado sem qualquer outra acção.” Além disso, importará referir que os Red Devils encontram-se obrigados a continuar a pagar o salário do atleta, estimado em 85.000 euros por mês, lgo que, provavelmente, terá levado a que optassem por inscrevê-lo.
A indignação durou enquanto as redes sociais se manifestaram… Porém, deixamos a questão: sendo qualquer arguido inocente, até ao trânsito em julgado de qualquer sentença, terá feito sentido este tratamento ao jogador?