Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

O Rayo nas Ruas da Amargura…

O Rayo Vallecano começou a Liga espanhola em belo estilo, ao empatar a zero no Spotify Camp Nou, frente ao “novo” Barcelona.

Porém, o clube vive horas difíceis no que toca a questões económicas. Tudo começou no pretérito ano, quando a Liga espanhola, fruto das dificuldades económicas geradas pela pandemia, fechou um acordo com a CVC Capital Partners, uma entidade financeira de risco britânica. Esta comprou 10% do capital de La Liga por um total de 2700 milhões de euros, convertendo-se como sócia da entidade reguladora do futebol profissional do país vizinho. Este dinheiro seria injectado para impulsionar o crescimento da prova bem como o dos clubes.

Contudo, todas as equipas receberiam a parte a que tinham direito menos o Rayo Vallecano, já que foi incapaz de cumprir as condições preconizadas pela CVC e por La Liga, pelo que só recebeu a primeira prestação. O resto, o clube, representado pelo presidente do clube Raúl Martin Presa, não pôde receber os valores remanescentes, já que não cumpriu os requisitos necessários. Aliás, foi a única das 38 que compõe o futebol profissional espanhol que não está a conseguir cumprir os requisitos.

Estes passavam pela melhoria do estádio de Vallecas e consequente compra do mesmo, ou então um projecto de construção de um novo, não tendo ocorrido nenhuma destas hipóteses. Outro pressuposto passava pela profissionalização do clube, não tendo, para que isso sucedesse, melhorado as suas plataformas digitais, as suas redes sociais e o marketing. Por estes malogros, o clube, para além de não receber estes montantes, poderia, mesmo, ser castigado com a perda de pontos.

Para ajudar ao cenário, o clube não conseguiu jogar com os equipamento novos, destinados a esta época, tendo que usar os da pretérita temporada. Além disso, começou a campanha de venda de lugares anuais a faltarem, apenas, dez dias para o início do campeonato. Acresce ainda os pagamentos tardios de salários aos jogadores profissionais da equipa, bem como os incumprimentos para com funcionários e jogadores de escalões inferiores. Por fim, a equipa feminina desceu ao escalão secundário, depois de 19 anos a competir no escalão principal, existindo inúmeras dúvidas acerca do seu futuro.

Um clube histórico a viver um período negro…