Mateo Retegui, até há uma semana, era um nome desconhecido na Europa.
Argentino de nascimento, joga no Tigre por empréstimo do Boca Juniors, onde, nas duas últimas temporadas, em cinquenta e uma partidas apontou vinte e nove golos.
De um momento para o outro, começou a ser falado em Itália. Mancini na demanda de um goleador que pudesse diminuir a dependência de Ciro Immobile, deparou-se com Mateo. Fruto da avó materna ter nascido no país europeu e nunca ter sido chamado à equipa onde Messi pontifica, poderia actuar pela equipa transalpina. Segundo o próprio, mal o telefone tocou, não terá pensado duas vezes, dizendo imediatamente que sim a Mancini.
Chegado a Itália, sem conhecer quem quer que fosse, foi, imediatamente, comparado com… Batistuta, nos seus primeiros tempos. Provavelmente, um exagero, mas a verdade é que Retegui não deslustrou nos seus primeiros passos como jogador internacional da Squadra Azzurra.
Marcou o único golo da derrota italiana perante a Inglaterra e, hoje, apontou outro tento na vitória da sua selecção, por duas bolas a zero, frente a Malta.
Aliás, nos últimos 55 anos, apenas quatro jogadores conseguiram marcar, de modo consecutivo, nos dois primeiros jogos pela selecção italiana. Assim:
Pierino Prati, Bulgária-Itália 3-2 (6/4/1968) e Itália-Bulgária 2-0(20/4/68);
Giorgio Chinaglia, Itália-Bulgária 1-1 (21/6/1972) e Itália-Iugoslávia 3-1 (20/9/1972);
Enrico Chiesa, Itália-Bélgica 2-2 (29/5/1996) e República Checa-Itália 2-1 (14/6/1996);
Riccardo Orsolini, Itália-Arménia 9-1 (18/11/2019) e Itália-Estónia 4-0 (11/11/2020);
Destes quatro futebolistas, o único a consegui-lo em jogos oficiais, como fez Retegui, foi Prati.
Afirmação instantânea…