Cristiano Ronaldo ainda é dos melhores avançados do mundo.
Aos 37 anos com invejável condição física e com um sentido de área inigualável, o português é, ainda, uma das maiores referências do futebol mundial. Aliás, bastará percorrer todas as listas da Bola d’Ouro para tentarmos descobrir algum que com a sua idade consegue figurar nos vinte mais.
Uma referência no relvado, ao qual acresce o facto de ser o atleta (em todos os desportos!) com o maior valor comercial!
Porém, apesar da excelência, CR7 é humano. E, por ser humano, erra! O problema, actualmente, tem errado a mais para a excelência que sempre demonstrou em campo.
Desde praticamente ter-se recusado a fazer a pré-temporada no Manchester United, à demonstração de pretender abandonar o clube, até à permissão para os seus familiares mais próximos usarem a sua língua viperina tudo tem ocorrido de forma diametralmente ao que sucedeu nos seus 20 anos de carreira. Nesse período todos os passos do jogador eram meticulosamente estudados, a gestão da sua carreira analisada ao pormenor e quando surgia um passo em falso era prontamente remediado.
Ontem, porém, o jogador terá cometido o seu maior equívoco. Depois de, agastado por ter ficado mais uma vez no banco de suplentes na partida frente ao Tottenham e após perceber que não entraria em campo, o penta bola d’ouro resolveu abandonar o banco de suplentes, rumando ao balneário. Enquanto os seus colegas ainda corriam e lutavam pela obtenção do triunfo, num gesto de pouca solidariedade, o capitão da selecção portuguesa, resolveu sair. Quase como que dizendo que não faz parte daquela equipa, que o sucesso dela sem ele ser-lhe-á irrelevante.
E isso num campeão como sempre foi Ronaldo fica mal!
Diminui um campeão que sempre tudo fez e deu pelas suas equipas!
Dá a entender que só foi capaz de demonstrar um espírito gregário e de companheirismo porque sempre se sentiu a estrela maior!
E isso num homem com o seu palmarés será um erro.
Mais um no meio de tanto que tem cometido nos últimos tempos…