Economia do Golo
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O Bolso Sem Fundo do Chelsea

No mínimo, faraónico!

O Chelsea é o grande protagonista do mercado, com um investimento na equipa superior a 400 milhões de euros.

Assim, os Blues continuam a dinamitar o mercado de Janeiro. Depois do empréstimo de João Félix, os Blues contrataram o ucraniano Mykhalo Mudryk por setenta milhões de euros mais 30 de bónus, de modo a tornear as dificuldades de uma temporada em que ocupam a décima posição da tabela classificativa da Premier League, a dez pontos (ainda que com um jogo a menos) do quarto lugar, o último a dar acesso à Liga dos Campeões.

A nova propriedade, encabeçada por Todd Boehly, está a optar por uma linha muito agressiva e extremamente dispendiosa no mercado de transferências. Investimentos que se somam à quantia despendida para adquirir as acções do clube que eram propriedade do magnata russo Roman Abramovich: 2,5 mil milhões de libras. O valor total do negócio foi de 4,25 mil milhões de libras, incluindo os 1,75 mil milhões de libras garantidos em investimento.

Desta última parcela, que também foi destinada à equipa feminina, à fundação do clube e às infra-estruturas, mais de 400 milhões de euros foram colocados no mercado para reforçar a primeira equipa masculina.

A começar pelas assinaturas mais recentes, o investimento mais caro no mercado de Inverno foi o de Mykhaylo Mudryk, que usará a camisa Chelsea por 70 milhões de euros, mais 30 milhões de euros em bónus a serem pagos a Shakhtar Donetsk. Ao todo, Graham Potter viu chegar mais quatro constratações neste período de mercado para tentar evitar a queda livre do presente exercício.

A saber:

  • Mykhalo Mudryk de Shakhtar por 70 milhões + 30 milhões em bónus:
  • Benoit Badiashile do Mónaco por 38 milhões;
  • Andrey Santos de Vasco da Gama por 12,5 milhões;
  • David Datro Fofana de Molde por 12 milhões;
  • João Félix do Atlético de Madrid por 11 milhões (empréstimo até Junho de 2023);
  • Total gasto: 143,5 milhões de euros e 30 milhões em possíveis bónus.

Mas as “despesas loucas” de Chelsea não aconteceram apenas em Janeiro. De facto, tendo em conta os 23 milhões de euros pagos a 8 de Setembro ao Brighton para assegurar o treinador Graham Potter, o primeiro mercado de Verão da nova propriedade foi um mercado pleno de compras muito caras, encabeçando esta tabela, o defesa Wesley Fofana, que chegou de Leicester por 80,4 milhões de euros.

  • Wesley Fofana de Leicester por 80,4 milhões;
  • Marc Cucurella de Brighton por 65,3 milhões;
  • Raheem Sterling de Manchester City por 56,2 milhões;
  • Kalidou Koulibaly de Nápoles por 38 milhões;
  • Carney Chukwuemeka de Aston Villa por 18 milhões;
  • Pierre-Emerick Aubameyang de Barcelona por 12 milhões;
  • Gabriel Slonina do Chicago Fire por 9,1 milhões;
  • Denis Zakaria da Juventus por 3 milhões (empréstimo até Junho de 2023);
  • Total gasto: 282 milhões de euros e 23 milhões para o treinador Potter.

Somando as duas janelas de mercado, faltando ainda 15 dias para este período de transferências ser dado por encerrado, as despesas assumidas por Todd Boehly para reforçar a equipa masculina é superior a 425 milhões de euros, mais quaisquer 30 milhões de bónus no negócio Mudryk. Este número refere-se apenas ao valor das transferências, sendo que os salários dos novos jogadores estão excluídos. Este número subirá para mais de 458 milhões se incluirmos também os 23 milhões gastos para trazer o treinador Graham Potter, depois do despedimento de Thomas Tuchel.

Isto cobre apenas parcialmente os 56,53 milhões de euros recolhidos das descargas efectuadas durante a janela de Verão, sendo a de Timo Werner a mais alta.

Timo Werner para Leipzig por 20 milhões
Emerson a Lyon por 15,4 milhões
Billy Gilmor para Brighton por 8,33 milhões
Romelu Lukaku à Inter de Milão por 7,8 milhões (empréstimo até Junho de 2023)
Michy Batshuayi a Fenerbache por 3,5 milhões
Malang Sarr para o Mónaco por 1 milhão
Kenedy para Real Valladolid por 500.000 euros
É preciso lembrar, contudo, que os custos de inscrição dos jogadores são amortizados ao longo da duração dos contratos assinados por cada jogador individual e que, portanto, apenas parte do investimento pesa no orçamento da época actual.