Vinicius, talentoso extremo brasileiro do Real Madrid, viu-se, durante a passada semana, na antecâmara do derby com o Atlético Madrid, envolvido numa polémica.
Tudo começou com as provocações provenientes do lado colchonero, com o capitão de equipa a afirmar que “se marcasse um golo no derby e exultasse com uma dança, uma grande confusão poderia irromper. E seria uma reacção muito normal”.
Porém, mais surpreendentes seriam as declarações de Pedro Bravo, presidente do Sindicato do Ministério Público espanhol, que aos microfones do programa El Chiringuito, haveria de dizer: “tens de respeitar os teus adversários históricos. Se marcamos contra eles, não se dançamos: para isso existe o sambódromo no Brasil. Pára de agir como um macaco”.
Tais palavras desencadeariam a indignação de amigos e colegas do jogador, que manifestaram o seu repúdio como o jovem de 22 anos estava a ser tratado. Por isso, ganharam grande relevo as palavras de Neymar: “Drible, dance, seja você mesmo. No próximo gol, vamos dançar juntos.” Tal levaria a um despoletar de uma hashtag das redes sociais denominada de #BailaVini que se tornou viral.
O próprio jogador não se calaria. Através de um longo post no Instagram, resolver dizer o que lhe ia na alma: “tenho uma frase tatuada que diz: ‘Desde que a cor da pele seja mais importante do que o brilho dos olhos, haverá guerra. Tenho sido vítima de xenofobia devido às minhas danças, mas elas não passam de uma celebração da diversidade cultural no mundo. Racista, repito para si: “Nunca deixarei de dançar”.
A história terminaria ontem durante o esperado jogo. Depois dos adeptos do Atletico terem entoado cânticos racistas antes e durante o jogo, a partida seria resolvida com o triunfo do Real Madrid. A honra de abrir o activo caberia ao compatriota de Vini, Rodrygo. Imediatamente correu até à bandeirola de canto, a chamar Vinicius. Ambos dançariam… porque ninguém tem o direito a tirar a alegria que deve existir num campo de futebol!