” – Fui abandonado num convento pelos meus pais biológicos quando ainda era uma criança.
Felizmente, após pouco tempo, encontrei uma família que desde o início me transmitiu todo o amor e afecto que outras pessoas tinham escolhido negar-me.
O destino, no entanto, tinha algo mais reservado para mim.
Tinha pouco mais de dois anos de idade e depois de um acidente de carro, voei pelo vidro do carro, o que causou um enorme corte na minha cara.
A partir desse momento, ninguém me olhou ou me julgou pelas minhas qualidades técnicas, ou porque era uma boa pessoa.
Todos, excepto os meus pais, comentavam a minha aparência física e julgavam pelo seu conhecimento a fealdade do meu rosto obviamente devido à lesão.
Senti-me julgado. Oprimido.
Embora fosse jovem e isso me incomodasse muito, nunca derramei uma lágrima, apesar de ter sofrido como louco.
É preciso ser muito são para resistir às provocações de outras crianças, mas o pior foram os olhares dos adultos.
Olharam para mim durante muito tempo até que os meus pais puseram a expressão mais dura que conseguiram: “Há algum problema? Depois foram os outros que se envergonharam.
Sem o futebol teria sido difícil sair dessa confusão. Talvez impossível.
Agora, no entanto, estou quase orgulhoso do corte, sem ele, seria demasiado normal, não teria o carácter que tenho agora.
Deu-me força, ensinou-me a reagir e a lidar com as situações mais difíceis da minha vida e estou muito orgulhoso disso.
Nunca irei submeter-me a alguma cirurgia estética porque esta ferida faz parte de mim. Moldou-me e fez de mim um homem melhor e eu não a removerei em circunstância alguma.”
Franck Ribéry, aos 39 anos, resolveu pendurar as chuteiras.
Um dos melhores jogadores dos últimos anos, termina a carreira na Salernitana, depois de ter brilhado a grande altura no Bayern…
Fica na história!