Florentino e Agnelli procuram (novos) motivos para sorrir.
Assim, enquanto se aguarda que o Tribunal de Justiça da União Europeia se pronuncie sobre o papel monopolsta da UEFA na organização das provas, o projecto da Superliga está a tentar adaptar-se à realidade circundante.
Assim, como refere o jornal italiano Tuttosport, entre o domínio do campeonato inglês (com o risco de um aumento do fosso com as outras ligas) e a procura mediática de um produto “mais forte”, estará a nascer um modelo que poderá tomar forma se a UEFA perder a causa que deverá ter a sua decisão nos primeiros meses de 2023.
A nova prova terá como ambição tornar-se numa espécie de Liga Europeia, exaltando maiores valores de identidade dos clubes. Contará, também, com promoções e despromoções, sendo, por isso, aberta a todos os emblemas, prevendo, também, um mecanismo de solidariedade a beneficiar os clubes não participantes. O modelo poderá envolver dois grupos de 14 ou 16 equipas, com playoffs finais para determinar o vencedor (como nas ligas americanas).
O objectivo passará por proporcionar ao público desafios de alto nível todas as semanas, um produto global que poderá envolver cada vez mais pessoas, lutando contra a hegemonia da Premier League. Graças a este modelo, além disso, as ligas nacionais não desaparecerão, mantendo o seu valor, permanecendo como a principal via de apuramento para a nova prova.
Um torneio que faz lembrar e pretende concorrer com a nova Liga dos Campeões que nascerá a partir de 2024, com a diferença de querer concentrar os grandes clubes europeus – sem lhes conceder privilégios a priori – oferecendo ao público e às emissoras a certeza de ter sempre desafios de alto nível , distribuindo as receitas por um território mais vasto.
Porém tudo dependerá da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia e do seu veredicto acerca da existência de monopólio da UEFA na organização das competições do Velho Continente. Para saber no próxmo ano…