Já vai há 13 anos…
Um treinador português levava o Inter à final da Liga dos Campeões. José Mourinho comprovava que era mesmo Il Speciale, como se autoqualificou. O português haveria de cumprir a missão de entrar na história, ao bater o Bayern na final disputada em Madrid, tornando-se no segundo treinador ao serviço da equipa nerazurra a triunfar na máxima prova europeia. Partiria, logo de seguida, seduzido pelo canto da sereia madrileno, onde não atingiu a felicidade suprema proporcionada pelo clube italiano.
Entretanto, o Inter caiu numa profunda crise existencial. Más escolhas de treinadores, jogadores de qualidade duvidosa e até um vazio administrativo levaram o clube a um beco que parecia sem saída.
Tudo melhoraria com a entrada de António Conte para treinador. Um projecto sustentado, fontes de receita, inicialmente baseadas na proprietária chinesa Suning, e uma escolha cuidada de jogadores levada a cabo por Beppe Marotta levaria a um primeiro grande passo, que passou pela conquista do scudetto, após nove títulos consecutivos da Juventus.
Conte, depois disso, haveria de partir. Seria substituído por Simone Inzaghi que não conseguiria voltar a vencer o título italiano. Pior do que isso, depois de na temporada passada ter-lhe sido dada alguma margem de manobra, na presente temporada comeu o pão que o diabo amassou. Terá estado a uma derrota de ser despedido, aquando da eliminatória dos oitavos de final da Liga dos Campeões frente ao FC Porto.
Seria esse o click decisivo…sob brasas, mas não sendo favorita, a equipa italiana deu a volta ao texto. Começou a olhar para a Liga dos Campeões como prova de vida. Sempre sendo olhada com underdog e como o adversário que todos desejavam encontrar, foi progredindo na prova. Progresso esse para mal dos pecados de FC Porto e Benfica, que acreditavam ser capazes de eliminar uma equipa que, mesmo sem jogar bem, tornou-se sólida, consciente das suas capacidades e eficaz!
Foi assim, também, que nas meias-finais se superiorizou ao rival da cidade, o AC Milan. Dois golos na primeira mão da eliminatória e, hoje, um solitário de Lautaro selou o seu regresso ao jogo mais importante do Velho Continente: a final da Liga dos Campeões. Mourinho já tem sucessor…