Há histórias que, apenas, valerá a pena serem vividas juntos. Em que a ausência de um dos actores principais debilita o outro, ou que o torna incapaz de atingir os objectivos a que se propôs.
Falemos, agora, de futebol. Messi e o Barcelona durante muitos anos foram indissociáveis. Com a camisola blaugrana o argentino venceu quatro Ligas dos Campeões, ajudando os catalães a tornar-se, provavelmente, num dos clubes mais bem sucedidos do presente século.
Porém, no final da temporada passada, uma sociedade de extraordinário sucesso, uma aliança que jamais pensamos poder ser dissolvida, cindiu-se. Fruto dos constrangimentos salariais da equipa, que tinha que respeitar os ditames impostas pelos limites salariais preconizados por La Liga, foi impossível ao Barça renovar com a estrela argentina, que teve de procurar o conforto de outras paragens.
A escolha recairia na Cidade Luz, no multimilionário Paris Saint-Germain, em plena obsessão pela conquista da Liga dos Campeões, o passaporte irrefutável para a entrada no galarim dos maiores clubes da história.
Passaram duas temporadas. O ano passado, o PSG e Messi caíram nos oitavos de final da prova de forma inesperada frente ao Real Madrid, quando pareciam ter a eliminatória no bolso. Este ano haveriam de soçobrar na mesma fase da competição frente ao Bayern, ainda dando menos luta…
Pior faria o Barcelona, a dama à qual se julgava que o argentino houvera tributado amor eterno. Nem na temporada antecedente, nem nesta, foi capaz de ultrapassar a fase de grupos da prova, longe dos tempos em que era olhado como um dos mais fortes candidatos a erguer a orelhuda.
Há certos casamentos que nunca deveriam levar a divórcios…