A candidatura ibérica ao Mundial 2030 teve uma nova mudança.
Depois da intenção de associar a Ucrânia ao processo, o que não terá passado de apenas isso, bem como uma operação de charme perante o Mundo, surgiu, hoje, o terceiro elemento da candidatura que Portugal perfilhou com a Espanha: Marrocos.
Pese embora termos discordado de Portugal ter avançado para este processo, apresentando os três maiores estádios do país num claro sinal, na nossa opinião, de aprofundamento de assimetrias entre os mais titulados clubes nacionais, não podemos deixar de nos congratular com a decisão de juntar o país norte-africano neste objectivo.
Desde logo, porque num mundo demasiado conturbado, é de salutar a junção de povos com modos de encarar o mundo tão diversos. Mais do que o show-off que seria colocar a Ucrânia, quando, para além da destruição provocada pela guerra, a corrupção é um flagelo da sua sociedade e mais especificamente da federação de futebol do país, esta aliança demonstrará que, apesar da diversidade dos povos, é possível viver em paz e com interesses comuns a uni-los.
Depois disso, falamos em algo histórico. Uma candidatura transcontinental, capaz de demonstrar que em África é possível olhar e projectar o futuro com esperança, trilhando as estradas da modernidade, permitindo (aí sim!) criar infra-estruturas que alavancarão o futuro futebolístico do país. Tal será conducente a fortalecer a união entre povos vizinhos e que partilham entre si o Mar Mediterrâneo.
Numa candidatura que, desde sempre nos fez franzir o sobrolho, surge, agora, uma razão para olharmos para ela com alguma alegria…