O processo parece continuar…
O Manchester City estará, ainda, a ser investigado pela Premier League por alegadas violações do Fair-Play Financeiro na máxima prova por equipas de Inglaterra. Este facto foi confirmado pelo CEO da Premier League, Richard Masters, tal como noticia o jornal The Times.
O inquérito da Premier League, bem como a da UEFA (que só terminou com uma multa para o clube inglês, após o seu apelo ao Tribunal Arbitral do Desporto contra a deicisão inicial de exclusão as competições europeias decidida pela UEFA), surgiu a partir de uma informação tornada pública pelo “Der Spiegel”, derivando de uma série de comunicações electrónicas privadas do clube interceptadas através de actividades de hacking.
Relativamente à Premier League, esta iniciou o seu inquérito em Dezembro de 2018. A última actualização sobre este assunto tinha ocorrido em Julho de 2021, quando o clube de Manchester perdeu um recurso que pretendia travar a investigação.
Lord Justice Males, um dos três juízes que rejeitaram o recurso do clube, já se havia insurgido contra o excesso de tempo decorrio desde que a Premier League encetou a sua investigação: “Esta é uma investigação que começou em Dezembro de 2018. É surpreendente, e uma questão de legítima preocupação pública, que tenham sido feitos tão poucos progressos após dois anos e meio, durante os quais, note-se, o clube foi coroado por duas vezes campeão da Premier League”.
Relembre-se que o início dos factos remontam a 2014, quando o City foi multado em 20 milhões de euros pela UEFA, juntamente com uma proibição de realizar transferências por violar as regras da confederação europeia de futebol. O clube aceitou a pena, bem como admitiu a sua culpa.
Em 2020, porém, a própria UEFA exigiu a exclusão da equipa de Guardiola da Liga dos Campeões durante os dois anos subsequentes, mais uma vez por “graves violações” do fair-play financeiro. Não obstante isso, a exclusão seria, posteriormente, transformada pelo TAS numa multa de 10 milhões de euros.
A investigação da Premier League foi desencadeada pelo Der Spiegel’s Football Leaks, que divulgou documentos que provavam uma série de irregularidades cometidas pelo City. O clube tinha-se defendido afirmando que estes documentos tinham sido “roubados” e “publicados fora do contexto”, a fim de sabotar a sua reputação…um argumento que não colheu!