O Palmeiras não é uma equipa espectacular.
Apesar dos artistas como Dudu, Scarpa (que hoje não jogou) ou Rafael Veiga, a equipa baseia-se na solidez, na certeza dos actos dos seus atletas e… numa extrema eficácia!
No derby paulista, frente ao eterno rival Corinthians, a equipa de Abel Ferreira voltou a ser fiel aos seus princípios. A actuar no jogo de cara fechada, pouco dado a “nota artística”, baseou a sua exibição nos defesas centrais Murilo e Gustavo Gomez e na rotatividade do médio defensivo Danilo. Este merecerá umas palavras adicionais pela sua monstruosa exibição. O jovem, mais uma vez, encheu o campo, não errando um posicionamento, recuperando bolas atrás de bolas e perdendo quase nenhumas. Monstruoso!
Porém, o Corinthians de Vítor Pereira terá tido méritos. Baseando o seu jogo nas arrancadas dos laterais, destaque para o português Rafael Ramos que, até lesionar-se, fez “piscinas atrás de piscinas” na lateral direita, e nos desequilíbrios e (des)posicionamentos de Roger Guedes, terá faltado peso na área ao Timão. Aliás, esse será um dos maiores problemas para o técnico português que não consegue encontrar a “poção mágica” para transformar a teoria em prática, ou seja o bom jogo em golos.
Neste contraponto, como quase sempre acontece, valeria a eficácia. Um passe transviado, uma bola recuperada pelo genial Dudu, desequilíbrio causado e para Lopez não facturar, Roni a empurrá-la para as redes de Cássio. Na única oportunidade palmeirense, um golo que significará um passo de gigante para o título.
Sem espectáculo, sem a magia brasileira… mas com a eficácia europeia tão a gosto de Abel. O título cada vez mais perto!