O Leeds a meio da temporada passada entendeu que seria necessário começar um novo ciclo.
A magia de Marcelo Bielsa parecia esgotada, a equipa acumulava derrotas e o precipício do Championship parecia (novamente) à espreita.
A administração de Andrea Radrizzani, o dono do clube, não hesitou. Despediu o mago argentino, apostando em Jess Marsch, um norte-americano que no universo Red Bull havia brilhado em Salzburgo mas falhado, de modo estrondoso, em Leipzig.
A manutenção seria garantida, fazendo o ídolo Raphinha percorrer o relvado de joelhos, mas com a certeza que o clube teria de olhar para o futuro, reformular-se para continuar a ser competitivo na Premier League. Para isso, era necessário fazer dinheiro. Seria feito com a venda das duas jóias mais valiosas dos Whyte: o médio internacional inglês, Kalvin Phillips, vendido ao Manchester City por 48,75 milhões de euros e o talentoso extremo brasileiro, Raphinha, ao Barcelona por 58 milhões.
Dinheiro, esse, que seria imediatamente reinvestido. Assim, do grupo Red Bull, que como já dissemos, era de excelso conhecimento de Marsch chegariam três jogadores: o lateral Kristensen e o médio ofensivo Aaronson chegariam de Salzburgo a troco de 46 milhões de euros, enquanto o médio defensivo norte-americano Tyler Adams, chegaria de Leipizig, por 17 milhões de euros. Seriam 63 milhões que reforçariam uma equipa, que, ainda, apostou no colombiano Luis Sinistierra, comprado ao Feyenoord por 25 milhões de euros com a missão de substituir Raphinha, no espanhol Marc Roca, comprado ao Bayern por 12 milhões e no jovem Gyabi adquirido ao City por 5,8 milhões.
Uma nova equipa na forja que não tem deixado ficar os seus créditos por mãos alheias. Hoje, perante o ambicioso Chelsea, a equipa que mais gastou no actual mercado, Elland Road viveria tarde de gala. O Leeds venceria por três bolas sem resposta, com a contratação Aaronson a apontar um dos golos e os outros dois a serem marcados por duas referências da Leeds desde que regressou à Premier League: o nosso bem conhecido Rodrigo Moreno e Jack Harrison, um jovem que chegou em 2018 ao clube, proveniente do Manchester City e assumiu-se como um dos embaixadores da mística de uma equipa que sonha em emular os feitos da década de 70 do século passado sob o leme de Don Revie e vinte anos depois sob a luz de Cantona…
Saber recomeçar é preciso!