Paolo Maldini formou-se no AC Milan…
Não conheceu outra camisola na sua carreira de jogador, onde ganhou tudo o que havia para ganhar.
Foram 23 anos a actuar pela equipa sénior do clube, o que significou ter realizado 912 jogos pelo mesmo emblema.
Depois de se retirar, no momento desportivo mais difícil dos últimos anos, foi chamado pelos anteriores proprietários do seu clube, o Fundo Elliot, liderado por Paul Singer. Não podia dizer que não!
Juntamente com Frederic Massara fez-se ao trabalho. Como se voasse na lateral esquerda, fez de tudo. Confirmou Pioli, montou uma equipa que foi campeã de Itália, algo que não sucedia há 11 anos.
Este ano, apesar de na Série A não ter corrido como no pretérito ano, ele e Massara ajudaram a que a equipa conseguisse apurar-se novamente para a Liga dos Campeões e conseguiram com que o clube recuperasse dimensão europeia, ao chegar às meias finais da competição mais milionária da Europa.
Porém, hoje, Paolo, juntamente com Massara, foi despedido de sua casa, por quem chegou há um ano, o líder do fundo RedBird, que é dono do clube, Gerry Cardinale e que este ano viu dois jogos em San Siro: o primeiro da temporada e o das meias-finais da Champions, perante o Inter.
A justificar esta medida, o facto de ter sido acusado de ter gasto mal o dinheiro disponibilizado na última temporada, dando-se como exemplos os fracassos das contratações dos belgas De Ketelaere e Origi. Maldini, por sua vez, pedia autonomia no seu trabalho, a possibilidade de ter um orçamento mais amplo de forma a poder reforçar o plantel devidamente. Além disso, apesar da carreira europeia ter sido considerada um sucesso, o quarto lugar obtido no campeonato, graças à penalização aplicada à Juventus, foi considerado extremamente insatisfatório pela administração.
Estranho mundo este em que as lendas são corridas de sua casa por quem nem sequer vai ao estádio…