O que sucedeu ontem em Nápoles servirá para todos reflectirmos.
Reflectirmos se o futebol é um pretexto para afirmações através da força.
Um campo de batalha, onde o ódio prevalece sobre os valores do desporto.
Onde se destrói, bate, sem razão aparente, só porque todos que professam uma cor, um clube ou um credo diferente são obrigatoriamente inimigos.
Não pode ser assim…
De tudo o que se viu, apenas, oito foram presos.
Pior do que isso em jogos europeus não foi caso virgem.
Quem poderá esquecer o sucedido em Guimarães com os adeptos do Hajduk, também germinados com os da claque No Name Boys, tal como sucedeu em Itália com os da Atalanta?
Quem poderá esquecer o sucedido em Braga com os apoiantes da Fiorentina?
No Porto, recorrentes vezes, na Ribeira?
O fenómeno é transnacional e parece que ninguém o quer regular, assobiando para o ar. Em Nápoles existiu quem tivesse proibido a entrada dos adeptos do Eintracht. Recursos atrás de recursos, baseados no seu direito de circulação, levou a isto… Terá valido a pena?
Temos uma certeza: não é este o futebol que queremos!