Na fotografia apresentamos Juan Carlos Unzué.
Com 55 anos, já foi guarda-redes internacional espanhol e depois treinador. Aliás, em 2020, ainda trabalhava na divisão principal do país, ao orientar o Girona.
Seria por essa altura que o seu mundo ruiria. Depois de alguns exames, para aquilatar de onde provinham algumas queixas, o diagnóstico chegaria de modo inapelável: o antigo guarda-redes sofria de esclerose lateral amiotrófica, a doença degenerativa neuromuscular, que, entre outros, já matou alguns jogadores, como o italiano Stefano Borgonovo, o neerlandês Fernando Ricksen, ou o português, que actuou na União de Leiria e no Moreirense, João Manuel.
Por essa razão, o Barcelona resolveu ajudá-lo. Assim, organizou um jogo, com o objectivo que os fundos obtidos fossem canalizados para a pesquisa da cura de uma doença, até agora, incurável. Como adversário, uma equipa capaz de ajudar a preencher os objectivos preenchidos, enchendo o estádio: o Manchester City.
Unzué daria a prelecção técnica aos jogadores catalães num momento tão marcante quanto comovente.
Os objectivos seriam cumpridos com mais de noventa mil adeptos a preencherem as bancadas do Spotify Camp Nou e com Unzué a dar o pontapé de saída num desafio pleno de grandes artistas e de grandes momentos.
No final, o empate a três foi o menos importante… ganharam, acima de tudo, Unzué e todos aqueles que lutam contra uma doença silenciosa, que aos poucos vai enfraquecendo o corpo e o espírito humano! Ganhou quem encheu o estádio e, para além do espírito solidário, viu uma grande partida de futebol, um recital levado a cabo por excelsos solistas.
Um momento inolvidável…