O Brasil enfrenta, hoje, a Coreia do Sul em desafio a contar para os oitavos de final do Campeonato do Mundo.
Apesar de desportivamente o escrete estar a comportar-se dentro das expectativas, fora de campo duas das suas maiores estrelas encontram-se num conflito aberto com a Nike, a marca de equipamentos que veste a selecção canarinha.
Falamos, pois, de Neymar e de Vinicius Júnior. Ora, se o primeiro já rompeu contratualmente com a gigante norte-americana, o segundo, que tem um vínculo estabelecido desde os 13 anos de idade, procura fazê-lo nas instâncias judiciais, com fundamentos em divergências financeiras, mas também por Vini considerar que foi tratado injustamente. Por essa razão tem actuado com umas chuteiras longe de ser o último modelo da marca norte-americana, só fazendo por força de um contrato que, se não for resolvido antes, só terminará em 2028.
Quanto a Neymar, refira-se que o número 10 resolveu o seu contrato em 2020, quando foi acusado de assédio sexual por parte de uma funcionária da empresa. O incidente teria ocorrido em 2016 e sido denunciado em 2018, levando a que a empresa abrisse uma investigação aos factos que apesar de ser considerada inconclusiva, acusou o jogador de não ter colaborado com o inquérito. Imediatamente, o visado comprometer-se-ia com a Puma, aparecendo nas redes sociais com a camisola da selecção brasileira com o símbolo da anterior patrocinadora tapado por um emoji.
O jogador iria mais longe ao acusar a marca de traição, quando escreveu nas redes sociais que tratava-se de “uma ironia do destino, ter de continuar a estampar no peito uma marca que me traiu”, em alusão ao facto do Paris Saint-Germain, clube onde actua, também ser representado pelos norte-americanos.
Porém, Neymar, também, dentro de campo, tem procurado dar visibilidade à Puma, que como referimos, é a nova marca que o patrocina. Desde mostrar o patrocinador nos boxers tal como o dinamarquês Bendtner fez no Campeonato Europeu de 2012, a baixar-se para apertar os cordões das botas de modo às câmaras televisivas apontarem para elas para todos perceberem que calça uma marca distinta da Nike num gesto a emular o realizado por Pelé em 1970, tudo tem servido para dar publicidade ao novo parceiro contratual. O jogador, no início do presente Campeonato do Mundo, no desafio perante a Sérvia, o único em que actuou fruto de lesão, foi mais longe: entrou com uma camisola sem qualquer logotipo em campo, só vestindo a amarela do escrete momento antes do início da partida, o que poderia ter-lhe valido a admoestação disciplinar.
Uma história que, ainda, terá, certamente, mais episódios…