Sentimos que estamos a envelhecer, quando aqueles que sempre nos habituamos a ver vão desaparecendo.
Para os amantes do futebol estes últimos dias têm sido um inexorável choque com a inclemência do tempo.
Começou com Fernando Gomes, o bibota que acompanhou a meninice de muitos. Independentemente de cores, era uma homem que fez parte das equipas que montávamos com amigos, do mítico corte de cabelo “à Gomes”, ou dos orgasmos, tantas vezes múltiplos, durante 90 minutos.
Seguiu-se com dois homens que nos preenchiam os Domingos à tarde da RTP2, quando canais desportivos temáticos eram coisa da estranja. Falamos de Sinisa Mihajlovic, provavelmente um dos melhores marcadores de livres que alguma vez passou pelos relvados, mas também pelos nossos écrans televisivos.
Quase de sopetão, somos confrontados com a luta de outra lenda desses tempos. Gianluca Vialli, o goleador que fez dupla temível com Mancini na Sampdoria. Que, nesses Domingos dos anos 90, depois na Juve, era referência naquela equipa que seguíamos com redobrado interesse por dela constar um português geómetra e um mágico de rabo de cavalo que nos incendiava as tardes. Uma luta pela vida e de difícil resolução…
Por fim, o Rei que está doente! Pelé luta, por estes dias, com um adversário mais difícil de tornear que os adversários que tantas vezes ludibriou. Com um guarda-redes mais resiliente que os que sofreram os seus 1143 golos. Uma luta desigual mas que, como o Rei que é, está a levá-la com classe, galhardia e querer!
Há dúvidas que estamos a ficar velhos?