Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Enlouqueceu…

Com o devido respeito a Aurelio de Laurentiis, presidente do Nápoles, só com a palavra que titula este texto, o poderemos definir.

O líder máximo do clube recém consagrado campeão italiano, apresentou uma série de propostas para melhorar o futebol que nos deixou boquiabertos.

Bastará atentar nas suas palavras: ” – Não quero revolucionar o futebol, mas gostaria de acompanhar os muito jovens que estão a ficar viciados em smartphones e plataformas. Não têm paciência para seguir o futebol, que se torna numa não-paixão”. Estas palavras foram proferidas durante o programa Che Tempo Che Fa, transmitido pela RAI.

Embora o número um do Nápoles não queira perturbar o mundo do futebol, as suas propostas têm todo o ar de fazer parte de uma verdadeira revolução. ” Gostaria de falar com o Ministro da Educação e dar aulas nas escolas para os tornar treinadores, obrigando-os a ver o Argentina-França. Ainda temos o intervalo de 15 minutos, é uma loucura. Não devia haver intervalo, temos 27 jogadores para fazer os 90 minutos”.

Uma proposta exagerada, como muitas vezes acontece com De Laurentiis, e que certamente entra em conflito com o debate sobre o número de jogos disputados pelos jogadores numa emporada e sua saúde física. Mas De Laurentiis intervém também em aspectos económicos que não devem ser ignorados. Afinal de contas, o seu próprio Napoli é um modelo deste ponto de vista.

” – É preciso ser competitivo, mantendo as contas em ordem. Depois, há as instituições do futebol que devem fazer tábua rasa e começar do zero com regras precisas. Não há igualdade de forças, há campeonatos desequilibrados. O karting não compete com a Fórmula 3… Os pilotos passam do karting para a Fórmula 1. Os campeonatos deveriam ser divididos por tipos de cidades. Não se pode jogar uma cidade de 3 milhões de habitantes contra uma de 30.000. Assim, ninguém vê e os patrocinadores não participam. É um problema que não foi resolvido”, concluiu.

O que dizer?