Parece ser a sina do SC Braga… viver numa espécie de terra de ninguém, inacessível para a maioria dos clubes da liga principal, mas incapaz de se aproximar dos mais fortes candidatos ao título do futebol português, pois não gostamos da nomenclatura grandes, usada, apenas, por quem não tem respeito pela honrosa dimensão de todos os clubes.
Parece ser a sina do SC Braga… Viver numa espécie de terra de ninguém, inacessível para a maioria dos clubes da liga principal e incapaz de se aproximar dos três mais titulados do futebol português.
Apesar de todas as razões que se possam apontar, a principal será a mentalidade. Em seis jogos contra os três mais titulados, os Guerreiros venceram (ainda de que modo concludente) o Benfica em casa, onde empataram com FC Porto e Sporting, para perderem com todos fora de casa. Analisando os golos marcados e sofridos, apontaram sete golos e sofreram treze. Acresce ainda, a goleada sofrida em Alvalade para a Taça da Liga que serviu de contraponto à eliminação do Benfica na Taça de Portugal.
Porém, acima de tudo, realce para a atitude demasiado subserviente e reverente para com estes adversários. Hoje, só existiu adversário a sério para o Benfica após Rafa ter colocado a equipa lisboeta em vantagem. Contudo, tal não sucedeu, apenas, hoje. Em Alvalade, já Artur Jorge se preocupara em demasia em jogar em função do adversário, mudando o seu sistema de jogo. Acabaria goleado…por duas vezes, ainda que, provavelmente, acabe a Liga à frente dos Leões.
Hoje na Luz, foi mais do mesmo. A precisar de ganhar para acalentar o sonho de um inédito título, a equipa minhota foi tudo menos do que ambiciosa. Jogou em função do adversário. Foi incapaz de aproveitar um meio campo benfiquista pouco agressivo defensivamente. Foi recuando, a ponto de permitir ao Benfica jogar a seu bel-prazer, massacrando, mais pelo medo, do adversário ser feliz do que por capacidade. Esperou o golpe de sorte, quando se comprovou, após o golo encarnado, que se apertasse poderia ser feliz.
Na verdade, para se poder ser campeão, mais do que a qualidade técnica, importa ter a mentalidade. A capacidade de ser tão ou mais forte com os fortes. Ser corajosa, para manter as ideias e não as alterar. Enquanto tal não suceder, o SC Braga continuará a viver em terra de ninguém…longe do título pela mentalidade, mas, igualmente, longe dos outros pela qualidade do seu plantel.