A Dinamarca revelou que está pronta para discutir uma retirada completa da FIFA, juntamente com outras selecções nacionais da UEFA, como movimento de protesto sobre a proibição de usar as braçadeiras de capitão One Love. Na Segunda-feira, sete equipas europeias que pretendiam usar estas braçadeiras em protesto contra as violações dos direitos humanos no Qatar tiveram de desistir desse propósito. depois de terem sido ameaçadas com sanções desportivas pela FIFA.
Um movimento que – a concretizar-se – iria pôr ainda mais a nu as tensões entre o órgão dirigente do futebol mundial e a UEFA. Um confronto que já tinha sido amplificado no ano passado sobre o desejo da FIFA de organizar o Campeonato do Mundo bienalmente em vez de a cada quatro anos.
Como noticiado pelo portal The Athletic, falando numa conferência de imprensa esta manhã, o director executivo dinamarquês da federação dinamarquesa, Jakob Jensen, revelou que um cartão amarelo seria o “mínimo” de castigo que o capitão Simon Kjaer enfrentaria se decidisse usar a braçadeira de capitão OneLove.
“- A 21 de Novembro, a Inglaterra solicitou uma reunião de emergência com a FIFA, que se deslocou ao hotel inglês. A FIFA disse que o sancionaria, pelo menos, com um cartão amarelo. Discutiu-se se existia uma base legal para dar um cartão amarelo, mas existe. A punição poderiass er um cartão amarelo, mas também que o capitão não fosse autorizado a entrar em campo ou que fosse desqualificado”, disse Jensen.
O presidente da Federação Dinamarquesa de Futebol, Jesper Moller, acrescentou que a Dinamarca estava a considerar deixar a FIFA, estando disposta a discutir essa intenção com todos os países membros da organização. ” – Não é uma decisão que tenha sido tomada agora. Há muito tempo que temos sido claros a este respeito. Temos vindo a discuti-la com os estados do norte desde Agosto”.
“- Tenho andado a pensar nisso. Acho que poderia ser um desafio se a Dinamarca partisse por si só. Mas vamos ver se não podemos dialogar sobre estas coisas. Tenho de pensar sobre a questão de como restabelecer a confiança na FIFA. Temos de avaliar o que aconteceu e depois temos de criar uma estratégia, também com os nossos colegas nórdicos”, concluiu.
A polémica está bem viva…