Mauro Icardi chegou ao topo demasiado cedo.
Sempre precoce, o argentino, desde os 12 anos actua no futebol europeu.
Primeiro no modesto Vecindário, chegaria cedo ao Barcelona.
Não seria feliz e não ousaria arriscar o futebol italiano, na Sampdoria.
Aos 17 anos experimentava a Série A para se afirmar e chegar muito rápido ao Inter de Milão.
Tornar-se-ia ídolo, símbolo, a ponto de tornar-se num dos mais jovens capitães de equipa dos nerazurri.
A partir daí, entraria no modo descendente desta parábola, fazendo-o, também, tornar-se num bad boys do futebol.
Desde logo, por ter tornado pública a relação com Wanda Nara, na altura, mulher do seu amigo e colega, Maxi López. Nara haveria de tornar-se a sua empresária, sendo conhecida por ser um negociadora implacável e para a qual muitos dirigentes assumem não tem paciência.
Depois por ter resolvido escrever uma autobiografia, quando tinha, apenas, 23 anos. Apesar da sua juventude, o seu livro foi recheado por episódios picantes, que causariam, essencialmente, o confronto com os responsáveis do seu clube bem como os respetivos adeptos.
Teria de pedir desculpas, mas nada mais seria igual.
Seria Conte a mostrar-lhe a porta de saída rumo a Paris.
Mais uma vez começaria em grande, para deixar a sua estrela esvair-se.
Depois dos golos das luzes, enredar-se-ia nos problemas extra futebol. Vida pessoal transformada num enorme Big Brother, confusões, divórcios e amantes…a certeza que, mais do que os seus feitos dentro do campo, a sua vida fora dele era mais falada.
No novo PSG, em busca de um rumo diferente, não houve lugar para ele. Luís Campos e o treinador Galtier mostraram-lhe a porta de saída, ou então a obrigatoriedade de jogar na equipa de reservas do clube.
O mercado haveria de fechar sem conseguir arranjar-lhe soluções!
A esperança, agora, reside em arranjar clube em mercados abertos…
Errante!