Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

Despedido…

Foram 16 jogos apenas, divididos em menos de três meses.

A história de Vítor Pereira no clube com mais adeptos do Brasil, acabou de modo diametralmente diverso ao que começou. Ora se foi encetada de modo surpreendente, deixando a todos boquiabertos, após ter anunciado uma suposta doença da sogra que o faria regressar a Portugal, foi terminada de modo previsível, ainda que doloroso…

Na verdade, nunca houve amor entre si e os adeptos do clube. Visto com desconfiança e a dar o corpo às balas após o despedimento de Paulo Sousa, viveu sempre em constante sobressalto… sempre a dar a ideia que mais do que existir no clube, sobrevivia, que cada dia era uma vitória, uma montanha para escalar.

Por iso, nunca conseguiu seduzir os exigente adeptos. Além do pouco ou nada que o time rubronegro jogava, a verdade é que a equipa foi capaz de tudo perder nesse período de tempo. Quem poderá esquecer a inusitada eliminação do Mundial de clubes frente aos sauditas do Al Ahly, deixando o mundo do futebol boquiaberto e um clube em choque? Ou, a derrota na Recopa sul-americana frente ao Independiente del Valle? Ou o desaire frente aos equatorianos do Aucas na jornada inaugural da Copa Libertadores? Vítor estava perto do céu do título e acabou no inferno das derrotas.

No fundo, a suprema humilhação frente ao Fluminense foi, apenas, a gota que fez transbordar o copo, num percurso que o poderia cobrir de glória, mas que acabou em profunda desilusão. Salvem-se os 2,75 milhões de euros de indemnização pelo rompimento de um vínculo contratual que deveria durar até ao final do presente ano!