” – Você deve estar a brincar comigo, cara. Deve estar a brincar comigo com essa pergunta. Eu, nesta fase da minha vida, da minha carreira, ter medo de perder emprego? Sabe quanto dinheiro eu tenho no banco, amigo? Eu tenho a vida estabilizada, não preciso… Estou aqui no Corinthians, se não for no Corinthians é em outro clube qualquer. E quando eu quiser. Isso sobre sair passa ao lado.”
Vítor Pereira tinha acabado de perder em casa contra o Palmeiras de Abel Ferreira.
Com a derrota, tinha também perdido grande parte das esperanças de ser campeão brasileiro.
Instado a comentar se a derrota poderia levar ao seu despedimento, perguntou ao jornalista se sabia o dinheiro que ele tinha no banco.
Como se tal fosse sinal de competência.
Como se tal fosse um indicador do êxito que (não) está a ter.
Mas, acima de tudo, ao contrário do seu colega e compatriota palmeirense, um sinal do claro descomprometimento com o projecto.
No fundo para Pereira, o que interessará é o que amealhou, o que pode amealhar…seja no Brasil, seja noutro lado qualquer.
Uma péssima resposta com uma pergunta à qual ninguém está interessado em saber a resposta.
Pereira poderá ter todo o dinheiro que quiser e que puder, que isso não lhe dará o direito de desrespeitar quem lhe pagou parte dessa mesma quantia…