O que mudou em Leicester?
A equipa de Brendan Rodgers parece estar numa quebra, num imenso buraco negro, cujo fim ainda se desconhece, depois de anos de glória que o afirmaram como uma das equipas da moda do futebol inglês.
Com efeito, desde o surpreendente e inédito título da Premier League em 2016, os Foxes estabeleceram-se como uma das equipas interessantes do futebol da Velha Albion. Haveriam de chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões, obterem mais classificações europeias e, também, estrearem-se a vencer a Taça de Inglaterra em 2021. O percurso ascendente era claro e óbvio, alicerçado numa administração apaixonada, um scouting eficiente e valioso e referências, como Vardy e Kasper Schmeichel, amadas e respeitadas por todos os adeptos que ocupam os lugares do King Power Stadium.
Este ano, contudo, tudo mudou. O clube não reforçou a equipa. Brendan Rodgers perderia uma das traves-mestras do balneário com a venda de Schmeichel para o Nice. Ficaria sem o seu garante defensivo, Wesley Fofana, vendido por 80 milhões de euros para o Chelsea. Não teria qualquer reforço para a equipa, num mercado surreal ainda para mais na Premier League.
Em regressão, com ambições reduzidas, a equipa tem vivido um verdadeiro pesadelo.
Em sete jogos disputados no campeonato inglês, foi capaz de empatar o primeiro a dois frente ao Brentford. A partir desse momento seria o pesadelo. Seis derrotas consecutivas, o que faz com que, apenas, tenha conquistado esse singular ponto na prova. Resultado disso, possui a pior defesa do campeonato com 22 tentos sofridos em sete partidas, uma média superior a três golos sofridos por jogo.
Hoje, em casa do Tottenham, os Foxes, apesar de terem marcado primeiro, terem chegado ao intervalo empatados a dois, sofreriam quatro golos na segunda metade. Culpado dessa debácle, o sul-coreano Son, autor de um hat-trick em treze minutos depois de ter começado a partida no banco de suplentes.
O próximo desafio em casa perante o Nottinghaam Forest promete ser dramático…