É notícia em jornais ingleses. Cristiano Ronaldo terá pedido a rescisão do vínculo contratual que o une ao Manchester United.
Uma notícia que demonstra que as partes, nem com a intervenção “quase” divina de Alex Ferguson puderam concertar posições, definir uma estrada comum.
Porém, para, ainda, um dos melhores jogadores do mundo não era necessário, aos 37 anos, sujeitar-se a esta “novela”.
Cristiano foi considerado o melhor jogador do clube na derradeira temporada.
Ainda marca golos como ninguém.
Continuará a marcá-los onde quer que jogue na próxima temporada.
Será útil, certamente, à equipa a que se junte no próximo ano.
Será, igualmente, profícuo no Campeonato Mundial, onde Fernando Santos e todos nós esperamos que possa ser determinante numa caminhada inesquecível.
Mas, e há sempre um mas…
Cristiano Ronaldo não é eterno! Tem 37 anos e apesar de ser um “super-atleta” terá a consciência que o decurso inexorável do tempo não poupa quem quer que seja.
Além disso, sempre foi um super-profissional. Ora, dentro desses requisitos, estará o respeito pelos contratos e pelo vínculo assumido. Verdade que longe vão os tempos em que um aperto de mão era suficiente, mas os contratos foram feitos para ser cumpridos, a menos que existam causas justificativas para a sua resolução. Ora, no caso, o que poderá alegar um dos melhores jogadores do mundo? O não apuramento do Manchester para a Liga dos Campeões? A equipa menos competitiva que foi encontrar?
Além disso, entrou num túnel cuja a saída será uma incógnita. Se rescindiu, como se diz, qual a justa causa invocada? Se não o fez e se não encontrar um novo clube, como regressará aquele balneário, onde os colegas olharão para ele, como alguém que não confiou neles e que os quis abandonar? Além disso, se realmente abandonar o Manchester, em que clube abraçará um novo desafio, sabendo que algumas portas já se fecharam?
Era preciso ser mesmo assim, Cristiano?