Depois da patrocinadora de equipamentos da selecção dinamarquesa, Hummel, ter garantido que iria fazer equipamentos monocromáticos para a equipa usar no Mundial do Qatar, chegou, agora, outra decisão da Federação dinamarquesa, a DBU.
Assim, de modo a não pretender contribuir para os lucros do Qatar, nas palavras do secretário-geral da federação do país, Jakob Hoyer, os jogadores escolhidos para representar o país na prova viajarão sozinhos sem as respectivas famílias.
Deste modo, ao contrário do que sucedeu em outras provas, apenas os atletas rumarão ao local da competição, em mais protesto que visa chamar a atenção sobre as condições laborais dos diversos trabalhadores que ajudaram a construir as infra-estruturas que suportarão a realização do Campeonato do Mundo.
Com a polémica e escalar para níveis acima da média, sendo que a esta se juntaram várias cidades europeias que já declararam que, em forma de protesto, não transmitirão qualquer partida nos tradicionais écrans gigantes, Jêrôme Valcke, antigo número dois da FIFA (entre 2007 e 2015), na altura da atribuição da prova ao país asiático, sentiu-se na obrigação de, em entrevista ao jornal Le Monde, dizer que “Os Qataris fizeram uma campanha agressiva desde o início, fazendo a diferença para os outros candidatos com as suas actividades promocionais. O Qatar fez cem vezes mais do que os outros, que abordaram a campanha de uma forma mais convencional. […] Todos aqueles que votaram no Qatar justificaram-no por razões políticas: dar o Campeonato do Mundo ao mundo árabe, e não apenas ao Qatar.”
Uma polémica que durará…