Já havíamos recentemente feito essa pergunta, atendendo aos mais de 160 milhões de euros investidos pelo emblema blaugrana no presente mercado em contratações.
Fomos investigar.
Assim, o clube estará numa corrida contra o tempo para registar o contrato dos novos jogadores adquiridos na Liga de Clubes, passando a contá-los como inscritos. Porém, de nada valerá ter no quadro Lewandowski ou Raphina, se não os puder colocar em campo, já no próximo dia 15 de Agosto no desafio inaugural do campeonato frente à Real Sociedad, por falta desse requisito formal, devido às suas contas.
Tal levará à necessidade de emagrecer o actual plantel, olhando para os jogadores que se encontravam nos quadros do clube. Só haverá, pois, um caminho: vender, transferir e reduzir os salários.
Há casos e casos, contudo. Por um lado, os futebolistas dispensados que se encontram em Barcelona a treinar à parte do remanescente do plantel que se encontra em estágio nos Estados Unidos. Estes atletas, considera-se como um dado adquirido, que acabarão por abandonar o efectivo blaugrana. Neste momento estão a fazer um verdadeiro finca-pé em partir, mas espera-se que quando o início das competições se aproximar, estejam mais dispostos a partir, sob pena de ficarem sem competir.
Depois há outros jogadores que fazem parte do plantel, que estão no estágio e, no entanto, são dados como dispensáveis. Um caso claro é o de Memphis Depay, que não está englobado no projecto de Xavi, pela extensa lista de avançados com que Xavi já conta (dez).
Situação diferente é a de Frenkie de Jong. A única forma de ele permanecer no plantel será com um substancial corte salarial, que, se não suceder, obrigará à venda do talentoso médio neerlandês.
Graças às alavancas financeiras que estas partidas gerarão, o Barça pode tirar partido da regra 1/1 que se aplica no futebol do país vizinho. Ou seja, poderá reinvestir em contratações o que ganhará com as vendas.
Porém, tal não significará que o clube não tenha ainda um problema com os salários. Apesar, do clube não pretender dar números sobre a situação actual, tudo indica que no início da época passada havia 12 jogadores com um salário acima dos valores de mercado. O objectivo da gestão desportiva é que dentro de um ano não existam jogadores no plantel com salários proibitivos, fora da lei da oferta e da procura. “É a única maneira”, dizem os responsáveis blaugrana.
Sobre este assunto há também um certo optimismo. Há jogadores que já aceitaram a redução salarial para se alinharem com a situação da equipa que actua no Camp Nou. Espera-se que aqueles que ficarem acabem por aceitá-lo. Caso contrário, terá de ser encontrada uma saída para eles. Este é o “novo Barça”, que, para além de gastar, tem de gerar receitas.