Josep Maria Bartomeu, sócio do FC Barcelona desde 20 de Abril de 1974 e antigo presidente entre 23 de Janeiro de 2014 e 27 de Outubro de 2020, viu ser-lhe aberto um processo com vista à sua expulsão como sócio do clube.
Por essa razão, início de Junho, Bartomeu recebeu uma carta no seu domicílio da Comissão Disciplinar do FC Barcelona, um órgão colegial com a função de exercer e aplicar, por delegação do Conselho de Administração, os poderes disciplinares que lhe correspondem, de acordo com as disposições do capítulo VII dos Estatutos do Clube, na qual foi informado no qual fora aberto um processo que poderia levar à sua expulsão como membro devido ao seu envolvimento no caso Barçagate.
De acordo com os Estatutos do Clube, Bartomeu poderá ter incorrido numa “acção ou omissão do sócio contrária à lei, aos Estatutos, aos regulamentos da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração, que causaram danos materiais ou morais ao Clube, a outros membros, ou a jogadores, treinadores ou empregados do Clube”, entre outras infracções. Estas acções são consideradas “muito graves” e são puníveis com uma proibição de acesso ao Camp Nou e outras instalações do Clube por um período de um ano e um dia a dois anos; suspensão de sócio por quatro meses e um dia a dois anos ou a expulsão. No caso deste, já existiu a advertência que será esta a sanção a aplicar.
Uma sanção é reservada, por exemplo, para os vendedores de bilhetes no mercado negro, ou para aqueles que causam violência no estádio, bem como aqueles que afectem financeiramente o clube.
Em resposta à notificaçãodo clube, Josep Maria Bartomeu respondeu anexando a notificação do arquivamento do processo relativo à difamação e calúnia, da qual foi absolvido, embora o julgamento sobre a alegada administração desleal e corrupção entre particulares ainda esteja pendente. Esta refere-se à contratação da empresa I3 Ventures para criar opiniões nas redes sociais, através de dezenas de relatos “não oficiais” do clube que alegadamente se dedicavam a proteger a imagem do presidente e ao mesmo tempo atacar pessoas de diferentes áreas do ambiente do Barça, incluindo antigos jogadores.
A então direcção blaugrana seria, por, isso, acusada de ter dividido os pagamentos à empresa de controlo da rede entre diferentes departamentos de modo a que cada um deles fosse inferior a 200.000 euros, o que impediu que os contratos tivessem de passar pela aprovação do conselho de administração.
Entretanto, um grupo de opinião do clube, chamado Cor Blaugrana, está a recolher assinaturas sob o lema “#bartomaimés” (barto nunca mais) para declarar o ex-presidente persona non grata no clube. Precisam de 3.600 assinaturas de membros para incluir este ponto na ordem de trabalhos. Nos seus melhores dias, a assembleia conta com uma participação de cerca de 4.000 pessoas.
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