Ángel Correa joga no Atlético de Madrid.
O argentino, natural de Rosário, que actua há oito temporadas no clube colchonero, jamais teve facilidades na sua vida. Aliás, o futebol foi o meio escolhido para fugir às dificuldades de uma vida que o poderiam levar a escolher outros caminhos. Futebol esse, que o ajudou a atenuar a dor de perder o seu pai, ainda menino…
Porém, nem mesmo quando a vida parecia estar a entrar nos devidos eixos, pôde recitar a palavra tranquilidade ou felicidade…
Assim, aos 19 anos, depois de se ter revelado e brilhado ao serviço do San Lorenzo e com a transferência para o Atlético Madrid apalavrada, os exames médicos necessários para o sonho de dar um futuro melhor à sua família, especialmente à sua mãe, se concretizarem, quase se tornaram num pesadelo. A Ángel foi diagnosticado um tumor no coração, que colocava em risco não só a sua carreira mas também a sua vida. Seria operado e venceu a doença!
Seis anos mais tarde, a terrível palavra “cancro” entraria novamente no léxico corrente da família. A sua mãe estava doente. Mais do que o dinheiro que ganhava e que ajudaria nos tratamentos dispendiosos que eram necessários, Ángel percebeu que a sua mãe precisava, acima de tudo, de apoio e carinho. Por isso, rapou o cabelo quando ela foi submetido aos primeiros tratamentos de quimioterapia, jamais deixando de a acompanhar.
Marcela, a mãe do jogador, ontem cedeu, depois de uma batalha estóica de três anos. Com o seu filho ao lado, orgulhosa pelo que ele conseguiu e no homem em que se tornou…