Terá sido quase como justiça divina…
Alphonso Davies, a estrela maior do futebol canadiano, logo ao primeiro minuto da partida frente à Croácia, inaugurou o marcador.
Tornou-se no primeiro jogador do país a marcar um golo pela sua selecção no Campeonato do Mundo, depois de na participação que os canadianos tiveram em 1986 terem sido incapazes de apontar qualquer tento.
Contudo, tal foi um prémio de redenção pelo sucedido na partida com a Bélgica. Davies houvera falhado uma grande penalidade, com o jogo empatado a zero, que poderia ter mudado o rumo da história.
Porém, o jogador parece ter um encontro com a história. Falamos do menino que nasceu na Libéria, em África, e que fugiria do país para evitar as agruras de uma guerra que não dava tréguas. Tinha cinco anos quando chegou ao Canadá com os seus pais, sendo que o jovem tornou-se cidadão canadiano em 2017.
A partir daí, tudo aconteceria muito depressa. Tornar-se-ia no jogador mais jovem de sempre a assinar um contrato por um clube e a actuar na United Soccer League, a segunda liga americana, ao serviço dos Vancouver Whitecaps II. Por essa razão, seria, também, o mais jovem a jogar na Major League Soccer, despertando a curiosidade de inúmeros clubes europeus.
Seria o Bayern a seduzi-lo, fazendo dele o negócio mais oneroso da história da MLS. O jovem esquerdino seria contratado em Janeiro de 2019, por 13,5 milhões de dólares com uma série de condições que poderiam fazer com que o negócio chegasse aos 22 milhões. Afirmar-se-ia de imediato, fazendo 6 jogos até ao final dessa temporada sendo, quase de imediato, campeão alemão. Assumiria uma titularidade indiscutível no ano seguinte, ajudando o seu clube a triunfar na Liga dos Campeões frente ao Paris Saint-Germain e tornar-se num dos melhores laterais esquerdos a actuar no futebol europeu.
Hoje, voltou a piscar o olho à história…apesar da derrota e da já certa eliminação canadiana, o jovem que nasceu na Libéria marcou o primeiro golo da história mundialista de um país pouco dado a estas histórias. A actuar com absoluta liberdade dentro de campo faria história. Não poderia ser de forma diversa….