A história não tem o que seja de feliz e ajudará a comprovar como os trabalhadores têm sido tratados no Campeonato do Mundo do Qatar…
Assim, como é relatado pelo portal The Athletic, um trabalhador filipino na casa dos 40 anos morreu durante a primeira ronda do Campeonato do Mundo no centro de treinos da Arábia Saudita em Sealine Beach, em Doha, vítima de um acidente com um carrinho de carga. Acredita-se que o trabalhador, que laborava para a empresa Salam Petroleum, não estivesse a usar algum equipamento destinado a garantir a sua segurança.
O governo do Catar assumiria, desde logo, o incidente numa declaração que dava a conhecer ter aberto uma investigação sobre o incidente. Na sua declaração pública referiu que “se a investigação concluir que os protocolos de segurança não foram seguidos, a empresa será sujeita a acções judiciais e severas sanções financeiras”.
Porém, depois desta declaração para o exterior, começariam as atitudes que se lamentam. Desde logo, esta morte não deverá ser contabilizada como uma morte relacionada com o Campeonato do Mundo, uma vez que o Comité Supremo do Campeonato do Mundo considerou que o incidente ocorreu numa estrada pública, apenas, relacionado com o Mundial por estar próxima do centro de treinos dos sauditas.
Depois disso, o director-geral da prova, Nasser Al-Khater, instado a comentar o sucedido, diria à BBC: “A morte faz parte do ciclo da vida, quer seja no trabalho ou durante o sono”. Concluiria o seu raciocínio, considerando a interpelação inapropriada: “Estamos no meio de um Campeonato do Mundo bem sucedido, pelo que não é momento para falarmos disso.”
Sem qualquer comentário…