Economia do Golo
O desporto é a nossa paixão e a escrita o nosso vicio. Sempre dispostos a conjugar as duas artes, na certeza de uma junção sempre feliz... ousem descobrir!

A Sina de Sérgio…

Verdade seja dita… este Inter era um adversário ao alcance do FC Porto. Apesar da tradicional frieza e cinismo dos clubes transalpinos, um Porto a nível superior europeu teria, provavelmente, ultrapassado a equipa de Milão.

Porém, este Porto, desde há muito, se debate com crónicos problemas que o tornam numa equipa longe da dimensão de outrora. Desde logo, pela indisfaçada necessidade em gerar mais-valias do clube portista, quase sempre obrigado a desfazer-se dos jogadores mais talentosos, ainda antes sequer de tirar a rentabilidade desportiva máxima deles.

Depois disso, a questão que passa pelas contratações. Apresentemos três exemplos: David Carmo, André Franco e Gabriel Veron. Falamos de três jogadores que juntos tiveram um custo global de 35 milhões de euros. Porém, a sua utilidade desportiva estará em nível residual, incapazes de assumirem dimensão europeia e catapultarem a equipa para patamares de nível europeu. Outro exemplo da errante política aquisitiva do clube azul e branco passará pela compra do guardião Samuel Portugal ao Portimonense, quando já contava para a baliza com o indiscutível Diogo Costa e com o fiável Cláudio Ramos para suplente.

Com tantos erros, tal levará à necessidade, de não tendo cão, caçar com gato, ainda para mais quando à quase inutilidade dos reforços, faltam alguns dos elementos mais preponderantes como hoje ocorreu, com Pepe e Otávio. Pior ainda, quando esse gato passa por jogadores com quase exclusivamente rodagem da equipa B, como Namaso, perceber-se-á da incapacidade da equipa mais além, de contar com elementos capazes de se equipararem com os jogadores das mais fortes equipas do Velho Continente.

No fundo, tal tem sido a sina de Sérgio Conceição nos seus anos de trabalho no FC Porto. Aceitar ficar sem homens, na maioria das vezes feitos por ele, como Luis Diaz, Vitinha, Fábio Vieira, Francisco Conceição, e voltar a partir do zero… sendo que nem todas as colheitas terão a mesma qualidade e poderão demorar mais tempo a maturar!

Pelo menos, as contas da SAD estarão equilibradas…ou não…