Na fotografia que apresentamos, Jack Grealish exulta!
O jogador do Manchester City apontou o último dos seis golos com que a Inglaterra bateu o Irão, num desafio em que a equipa de Sua Majestade mostrou a sua força.
Porém, esta será uma selecção dos Três Leões muita afastada da que sempre conhecemos, longe das que professavam o kick and rush que celebrizou o futebol do país.
A atestar isso, o facto do golo de Grealish ter sido antecedido por 35 passes, um record na equipa, pelo menos desde 1966, o ano em que a selecção inglesa venceu o seu único título mundial. Por comparação, podemos dizer que o seu adversário, apenas, realizou 142 passes com sucesso durante os 90 minutos da partida.
Tal remete-nos à extraordinária obra que o jornalista Luís Mateus lançou há pouco tempo. Com o título de “O Campeonato do Mundo – A História e as Estórias” percorre todos os Mundiais e os seus intervenientes. Nas suas histórias acaba por atribuir o mérito do campeonato mundial conquistado pela Alemanha em 2014 à filosofia que Guardiola, quando trabalhou no Bayern, implantou. Um tiki-taka adaptado às características dos jogadores.
Porém, o catalão mudar-se-ia para Inglaterra, fazendo o Manchester City beber da sua filosofia. Uma equipa de posse, de progressão harmoniosa e preocupada, acima de tudo, em “saber como perder a bola”, evitando riscos desnecessários. O resultado, ontem, ficou vincado, também por culpa do extraordinário talento personificado em Jude Bellingham. A Nova Inglaterra, inspirada em Guardiola, é candidata!