Estávamos em 2004… há 19 anos, portanto!
Fruto de problemas financeiros quase insolúveis, o Nápoles, o clube que Maradona levara aos píncaros, caía com estrondo na Série C italiana, depois de uma terrível prestação na Série B, minada por problemas financeiros que levaram os napolitanos à bancarrota.
Tal levou a que o presidente Salvatore Naldi abandonasse o clube, surgindo na cidade a figura de Aurélio de Laurentiis que refundou o clube com o nome de Napoli Soccer, dando azo a uma escala que teve ontem o seu apogeu, com a conquista do scudetto.
O cineasta, feito dono de clube, deitou mão à obra. Formou a equipa em duas semanas e lutou até ao final pela promoção ao segundo escalão transalpino, perdendo essa possibilidade no play-off frente ao Avellino. Porém, já, na época seguinte, depois do clube ter recuperado a designação anterior, que era Società Sportiva Napoli, esse desígnio seria cumprido. O clube subia à Série B!
De imediato, a escalada da montanha ficaria completa. Provavelmente, na mais surreal edição da Série B da história, os napolitanos ficariam no segundo posto… atrás da Juventus, que, fruto do escândalo de corrupção no futebol italiano, disputou o segundo escalão do país. A pátria futebolística de Maradona estava de volta aos mais altos patamares do futebol transalpino.
Assim, 2007/08 seria a época do regresso ao principal escalão transalpino, sendo contratadas duas das maiores estrelas da história recente do emblema partenopei: o argentino Ezequiel Lavezzi e o eslovaco Marek Hamsik, que haveria de bater o record de golos de Diego Armando Maradona. A época, essa, seria tranquila, sendo conquistado um oitavo posto.
A evolução napolitana foi sucedendo, conseguindo a equipa apurar-se em 2009/10 pela primeira vez para as competições europeias, graças a nomes como Quagliarella ou Germán Denis, sendo que, quase, logo de seguida surgiu o apuramento para a Liga dos Campeões.
A evolução do clube conheceu, ontem, o derradeiro passo, depois da equipa já ter conseguido ser vice-campeã italiana em 2012/13, graças a uma extraordinária época do uruguaio Edinson Cavani, que, em 43 partidas, apontou 38 golos.
Paulatinamente, a equipa foi-se afirmando nos patamares europeus, dando passos seguros rumo à sua afirmção. A época de 2021/22 trouxe a aposta em Luciano Spalletti como treinador. Inicialmente, olhado com desconfiança, haveria de convencer tudo e todos com o seu modo de ver e interpretar o futebol… e, acima de tudo, a capacidade de rentabilizar talentos como o sul-coreano Kim (um fantástico substituto do central Coulibaly), o extremo georgiano Kvaratskhelia, o avançado Osimhen, entre mais alguns talentos.
O futuro faz-se caminhando, com ambição…