No início da temporada, era o fim do ciclo.
Os elogios de outros anos transformavam-se em críticas.
Era o arranque em falso no campeonato, o falhanço na Liga dos Campeões a servirem de prova de algo que durante os onze anos anteriores em Madrid nunca fora acusado. Com efeito, as críticas a Simeone soaram a inauditas, atendendo ao trabalho efectuado, neste longo período, na equipa colchonera: que não tinha unhas para a equipa, que não conseguia tirar proveito do talento dos jogadores, que era incapaz de a fazer progredir. Uma injustiça, atendendo ao trabalho e ao seu passado no clube.
Mas, no futebol passa-se depressa demais de bestial a besta e… pode-se retornar ao estado de graça anterior, dependendo, apenas, da ditadura dos resultados.
Ora, Simeone manteve-se fiel à sua principal crença, que é o trabalho. Continuou a levar a cabo a sua missão, beneficiando, também, da possibilidade de maximizar o rendimento de Griezmann, uma das maiores estrelas da sua companhia.
Os resultados de se manter fiel às suas convicções estão aí. Nos últimos 17 desafios, o Atlético venceu 13, empatou 3 e perdeu, apenas, em Barcelona, frente ao mais que provável futuro campeão espanhol. Mais do que isso, encadeou uma série de seis triunfos até essa derrota, que o catapultou para os lugares de Liga dos Campeões… no fundo, o caminho em que o treinador argentino habituou a equipa e os adeptos a trilharem!